terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Do mar a Cuamba...

Como escrevi na Introdução já há tempos atrás, é agora altura de "reforçar" o blog com fotos do Norte de Moçambique tiradas há já uns anos - 2004 (a quase totalidade das fotos são deste ano - 2004 - mas poderão "aparecer" algumas de outros anos devidamente assinaladas). As datas dos posts nada têm a ver com a viagem (esta viagem acaba por ser uma viagem imaginária pois resulta da "junção" de vários percursos...), servem apenas para ordenar...
A "viagem" começou em Nacala-a-Velha e terminou em Cuamba (a antiga Nova Freixo), com "desvios" à Ilha de Moçambique e praia das Chocas e "envolvente". O mapa que mostro a seguir dá uma ideia da "jornada" e os mapas "parcelares", em cada um dos posts, pormenores da região.
Como já disse, esta viagem iniciou-se junto ao mar... o oceano Índico. Primeiro Nacala-a-Velha e, logo do outro lado da baía de Bengo (que acaba por ser um "prolongamento" da baía de Fernão Veloso), a cidade de Nacala Porto. Saindo de Nacala rumei até à Missão de Mueria a cerca de 15km e daqui até à praia de Relanzapo. Depois, até ao Namialo, a cerca de 110 km, foi um instante...
No Monapo tomei a estrada que leva à Ilha de Moçambique. Depois de cerca de 30 km de estrada asfaltada, tomei uma picada à esquerda que, após uns 25 km, me levou a Saua Saua. Daqui até à Praia das Chocas são menos de 15 km e depois, até à Carrusca, ainda menos...
Antes de rumar à Ilha de Moçambique fui dar "uma volta" pelo Mossuril e Cabaceira. Voltando depois à estrada, tomei a que levava ao Lumbo e daqui a ponte para a Ilha de Moçambique.
Retomando a estrada para Nampula duas paragens: na primeira, entre o Monapo e o Namialo, visitei a Missão de Carapira e na segunda, nos arredores de Meconta, fui ver, mais uma vez, o Santuário de Santa Maria Mãe do Redentor.
Chegar a Nampula foi rápido. Como a fome já apertava resolvi, antes de visitar a cidade, ir até aos Montes Nairucu almoçar.
Primeiro, como aperitivoNampula vista do ar! Depois o "centro" de Nampula, a linda, seguindo-se, já que as fotos que tirei foram muitas, dois posts: um com outras fotos de Nampula e outro com os arredores de Nampula.
Depois de Nampula sigo a caminho de Cuamba (a antiga Nova Freixo). Tirando alguns quilómetros asfaltados à saída de Nampula, a quase totalidade da viagem é feita por estradas de terra batida que, dum modo geral, se mostraram em bom estado. A primeira etapa até Ribaué. Depois foram umas horitas para percorrer a estrada de Ribaué ao Mutuáli... Depois da estrada algumas vistas de Iapala, Malema e Mutuáli.
A viagem está quase a terminar... falta-me só a etapa do Mutuáli a Cuamba e a visita a Cuamba.
Obrigado a todos os que "viajaram comigo" e um especial agradecimento ao Andate que, com toda a paciência do mundo, me levou do mar a Cuamba!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Cuamba

Cheguei finalmente a Cuamba, a antiga Nova Freixo... Já lá vão muitos anos desde a última vez que aqui estive... na altura a linha do comboio acabava aqui! 
Apesar de Cuamba ainda não ter ruas e avenidas asfaltadas a cidade mostra-se limpa e arejada...
O hotel onde fiquei - o Vision 2000!
Algumas fotos tiradas das varandas do hotel
Passeando pela cidade...
O Cine Amaramba

O Centro Comercial Futuro Melhor 
 
A igreja

 A Faculdade de Agricultura da Universidade Católica de Moçambique
 
 
As montanhas à volta de Cuamba
 
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Do Mutuáli a Cuamba

Esta é a última etapa da viagem... Do Mutuáli a Cuamba (a antiga Nova Freixo)
Pouco depois de sair do Mutuáli uma construção no meio da estrada! Foi uma câmara de desinfestação da MCT - Missão de Combate às Tripanossomiases igual a algumas mais que existiam nesta região.
"Isto" era uma espécie de grande armazém que tinha que ser atravessado por todas as viaturas que por aqui passavam. A viatura entrava, fechavam-se as portas e o "armazém" ficava na escuridão. Numa janela, a única do armazém, estava colocado um saco de rede. As viaturas eram "espanadas" com uns grandes espanadores e as moscas tsé-tsé, atraídas pela luz da janela... entravam no saco! Esta "operação" só se realizava de dia.


Aproximação ao rio Lúrio... Neste troço a estrada cruza-se diversas vezes com a linha do comboio e juntas...


...atravessam o rio na mesma ponte.
O rio Lúrio visto da ponte
Logo após o Lúrio entra-se na província do Niassa
A linha do comboio...

Placa à saída de Cuamba
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domingo, 5 de janeiro de 2014

Mutuáli

Antes de descer até à estação do Mutuáli fui dar uma volta pela SAN (Sociedade Algodoeira do Niassa). Aqui a entrada para os terrenos da fábrica de descaroçamento de algodão, com a serra da Cucuteia ao fundo...
Depois a fábrica...


Não sei desde quando... mas a SAN agora é SAM...

Para além da fábrica não poderia deixar de visitar a escola primária onde fiz a 3ª e 4ª classe! e a...
...minha sala de aulas... ou o que dela sobra (na altura era a única sala da escola... da 1ª à 4ª classe!)
Da escola tinha-se/tem-se esta vista!
Bairro da SAN na rua da escola
Saindo da SAN a caminho da estação o que resta do Clube Ferroviário...
Rumando à estação passei pelas "cantinas" da minha meninice. Não tenho a certeza se as identificarei correctamente... mas aqui vai: a caminho da estação, do lado esquerdo, primeiro a do Sr. José Luís... bastante abandonada!
Depois a do Sr. Assunção e, por...
...último, a do Sr. Habib.
Do lado direito as do Sr. Sá e a do Sr. Alves.
 Era dia de comboio... muita gente a cominho da estação
Finalmente a estação dos CFM e o bairro...
Esperava-se o comboio, mas como não havia a certeza da hora da passagem... não esperei por ele.
 
Os armazéns da estação onde, entre fardos de algodão e sacas de amónio (adubo para o chá que seguia para o Gurué) brinquei...
Aproveitando a passagem do comboio agricultores vendem, junto à linha, a sua produção, fundamentalmente batata e cebola que, dizem, são as melhores do norte de Moçambique! 
O largo em frente à estação. Ao fundo, do lado direito, a casa... 
 ...onde vivi até aos 10 anos.
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